Os quatro arguidos, entre os quais está um militar da GNR, Sérgio Ribeiro e a esposa, conhecem esta quarta-feira o acórdão do Tribunal de Guimarães, eles que foram acusados do crime de branqueamento e burla superior a 400 mil euros.
Ainda segundo a acusação do Ministério Público (MP), os pais do militar da GNR são também arguidos, acrescentando que, através de um esquema de burlas, os arguidos conseguiram mais de 400 mil euros, os quais permitiram uma vida de luxo ao GNR e à mulher, auditora de justiça.
Na acusação é referido que o pai de Sérgio Ribeiro era “muito conhecido, considerado e com boa reputação na sua área de residência, acolitado pela sua mulher sempre que necessário, pedir dinheiro emprestado a pessoas que nele confiavam, geralmente pessoas de idade, enganando-as com uma simulada situação de urgência e aflição”.
O Ministério Público considerou ainda que o militar da GNR “tendo, conjuntamente com a sua mulher, rendimentos modestos, mas pretendendo, além do mais, viajar, frequentar hotéis e restaurantes de luxo, adquirir roupas de marcas dispendiosas e viaturas de gama alta, engendrou um esquema”.
Ainda segundo o MP, a este esquema aderiram os pais do GNR.
Para conseguir obter o dinheiro vindo de terceiros, o pai do GNR alegava que estaria iminente a prisão do seu filho e a expulsão da própria Guarda nacional Republicana, apelando para que lhe entregassem as verbas que solicitava.
Este esquema durou de 2016 a 209, tendo a acusação sustentado que lesou 29 ofendidos, num montante de 406.999 euros.
Este valor financiou parte de um nível elevado de vida do GNR e da sua esposa, segundo a tese defendida pelo MP.
Ainda sobre os arguidos recai uma acusação de terem feito circular o dinheiro por diversas contas bancárias, em diferentes bancos, tentando deste modo dificultar o rastreio do dinheiro, e ainda de terem convertido esse dinheiro em bens.
O acórdão deverá ser lido pelas 13h45.
Comentários